Assista o filme completo abaixo:
DIREÇÃO: Uwe Boll
ROTEIRO: Uwe Boll, Chris Roland
ELENCO: Kristanna Loken, David O’Hara, Noah Danby, Billy Zane
Alemanha/Sudão, 2009 (98 min)
Assim como acontece em outras partes da África, tribos rivais disputam poder e território. Para que fique claro quem é que manda, mais fácil dizimar o inimigo. No caso de Darfur, os rebeldes dessa região, de imensa maioria negra e muçulmana, lutavam pela separação do território, cujos habitantes vivem basicamente de agricultura de subsistência, pecuária e atividade nômade. Obviamente o governo central nega a independência e reage com extrema violência. Com o apoio de milícias da etnia janjaweed, também muçulmana, porém de origem árabe, o objetivo seria dizimar os compatriotas negros de Darfur como parte da estratégia de resolução do problema.
Para contar essa história, o filme fala de uma grupo de jornalistas ocidentais, que vão a Darfur registrar o genocídio. Com escolta das forças de paz da União Africana, visitam uma tribo que já tem marcas profundas de violência, que já sofreu com a morte de parentes, com a perda de garotos convocados pela milicias para serem “soldados”, com estupros e outras formas brutais de violência. Toda a questão gira em torno da chegada repentina dos milicianos janjaweed na tribo e da permanência ou não dos jornalistas por lá. Ficar ali inibiria atos de violência? Do que essa gente seria capaz?
Já disse e repito. Darfur não é um filme com roteiro e atuações dignos de nota. Mas conta uma história que deixou marcas profundas, campos de refugiados lotados, sem assistência, comida ou remédios, milhares de doentes com epidemias, inclusive com AIDS, e um país dilacerado e dominado por extrema violência. É isso que o filme mostra, registrando de forma explícita as barbaridades que acontecem nos dias de hoje. Bem debaixo do nosso nariz.
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