domingo, 14 de outubro de 2012

Youssef Chahine - Al-massir (1997)






Egito/França | Youssef Chahine | 1997
Drama/Musical/Ação/Comédia/Romance | IMDB 
Árabe/Francês | Inglês/Francês/Português
135 min | 703 Mb

No século 12, em Córdoba, o prestigiado filósofo Averroes criou uma escola de pensamento que vem refletindo em todo o Ocidente até os dias de hoje. O califa Al Mansur, no entanto, influciendiado pelos fundamentalistas, ordenou que todos os livros do filósofo fossem queimados.
Para manter o trabalho de Averroes vivo, seus familiares e discípulos fizeram cópias dos livros e, apesar da perseguição, resolveram levá-los para além das fronteiras do Islã. Mesmo perseguido, o conhecimento humano fez uma jornada em direção ao Outro, em direção ao Progresso.
O Destino, no entanto, não é apenas um relato da vida de Averroes; é também um filme de aventura, de amor, uma sátira à intolerância, seja ocidental ou oriental. Com surpreendente coragem, o diretor Youssef Chahine faz uma resposta aos grupos integralistas que conseguiram fazer com que seu último filme, L'Émigré, fosse proibido em seu país.Essa resposta, porém, surge em forma de comédia, tanto para satirizar o próprio acontecimento quanto para defender a liberdade.





                                        

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CAIRO 678




Gênero: Drama
· Duração: 100 min.
· Origem: Egito
·  Estreia: 09/03/2012
·  Direção: Mohamed Diab
· Roteiro: Mohamed Diab
· Distribuidora: Imovision
·Censura: 14 anos

Sinopse:
Fayza (Boshra) é uma dona de casa pacata e mãe de dois filhos, que não consegue evitar o assédio diário ao pegar o ônibus. No outro lado da cidade vive Seba (Nelly Karim), uma endinheirada designer de joias que, após ser violentada durante um jogo de futebol, passa a ensinar outras mulheres a se defender. Já Nelly (Nahed El Sebaï) virou alvo de todo o país ao se tornar a primeira egípcia a apresentar uma queixa na justiça por assédio sexual.




Crítica pelo site: Paradoxo
Cairo 678 retrata uma realidade egípcia bastante preocupante: o abuso diário sofrido pelas mulheres daquele país, assediadas em lugares públicos. Utilizando três histórias que se cruzam, o diretor Mohamed Diab faz um interessante mosaico desta situação, servindo como um despertar para qualquer pessoa que tenha sofrido semelhante abuso.
 
Na trama, assinada por Diab, conhecemos três mulheres que foram vítimas do sexo oposto. A primeira, Fayza (Boshra), é diariamente assediada no 678, ônibus em que vai para o trabalho. Os constantes abusos a fazem chegar atrasada à repartição pública, fato que diminui seu contra-cheque no final do mês. Envergonhada com a situação, Fayza nunca conta o que acontece ao seu marido, Adel (Bassem Samra), que, à noite, procura pela esposa na cama, sem receber resposta positiva. A segunda, Seba (Nelly Karim), sofreu assédio de uma turba de torcedores no final de uma partida de futebol, episódio este que desmoronou seu relacionamento e a fez querer ajudar outras mulheres que passaram por problemas semelhantes. Para isso, Seba cria um curso de autodefesa, para tentar barrar este martírio feminino. Por fim, conhecemos Nelly (Nahed El Sebaï), uma aprendiz de comediante que sofre abuso enquanto andava na rua, após ser deixada na frente da casa dos seus pais pelo seu noivo. Enfurecida com o ocorrido, Nelly procura a polícia para prestar queixas e logo percebe que, por este expediente, não conseguirá justiça. Por isso, a moça resolve ir para os tribunais, sendo a primeira mulher a fazê-lo, mesmo sabendo que esta conduta poderá terminar com seu futuro casamento.

A narrativa de Cairo 678 é inteligente ao costurar de forma muito coesa as três histórias. Além de promover o encontro destas mulheres de maneira convincente, o diretor usa a quebra do tempo narrativo para ir apresentando o drama de cada uma, formulando uma teia de acontecimentos que não só dá profundidade aos personagens, mas também deixa tudo mais envolvente para o espectador.

O ponto alto de Cairo 678 é a interação entre as três protagonistas, tão diferentes entre si, mas carregando uma igual cicatriz. Personagens complexas, Fayza, Seba e Nelly têm diferentes ideias sobre como a mulher deve se comportar e de como deve responder ao assédio. Fayza, por exemplo, acredita que as mulheres que não se cobrem em público tendem a incitar este tipo de comportamento nos homens, o que não deixa de ser irônico visto que quem sofre mais abusos é a própria Fayza, vestida sempre dos pés à cabeça. Seba já pensa que o autoconhecimento é um ponto importante nesta luta. Dizer a si mesma e aos outros que houve um abuso é o primeiro passo para resolver o problema. Nelly, por sua vez, pensa que a lei deve ser cumprida e que o homem que a assediou deve ser punido pela justiça. Sua luta é criticada pela opinião pública, que vê com maus olhos uma mulher fazendo barulho contra um problema que é deixado debaixo dos panos na sociedade egípcia. Nelly e Seba, no fim das contas, acabam por tentar seguir o exemplo de Fayza, que parte para um plano simples, ousado e doloroso para punir seus agressores.

Cairo 678 é completo em sua tentativa de capturar todos os pontos da história. Além do drama feminino, o lado masculino também é retratado, na figura do marido desassistido, do namorado compreensivo ou do companheiro desgostoso, que não consegue mais tocar na mulher depois de presenciar o assédio. Ainda existe uma subtrama detetivesca, com uma boa performance de Maged El Kedwany, como um inteligente policial que, de uma forma ou de outra, acaba ajudando as mulheres em seus planos. Infelizmente, esta parte da trama surge quase como um filme dentro de outro filme, desnecessária na maioria dos momentos.

Por tratar de uma realidade tenebrosa do Egito, mas que, a rigor, poderia acontecer em qualquer lugar, Cairo 678 é um drama interessante e intenso. Os personagens são extremamente humanos, tridimensionais, e trazem o assunto para discussão, apresentando diversas variáveis do problema. É de se imaginar que o filme teve problemas para circular dentro do país de origem, por mostrar de forma tão aberta o assédio vivido pelas mulheres egípcias. Só pela coragem do diretor Mohamed Diab, o filme já vale uma conferida.








TRAIL ER:

                         







DARFUR – DESERTO DE SANGUE



Assista o filme completo abaixo:


                    


DIREÇÃO: Uwe Boll
ROTEIRO: Uwe Boll, Chris Roland
ELENCO: Kristanna Loken, David O’Hara, Noah Danby, Billy Zane
Alemanha/Sudão, 2009 (98 min)


Assim como acontece em outras partes da África, tribos rivais disputam poder e território. Para que fique claro quem é que manda, mais fácil dizimar o inimigo. No caso de Darfur, os rebeldes dessa região, de imensa maioria negra e muçulmana, lutavam pela separação do território, cujos habitantes vivem basicamente de agricultura de subsistência, pecuária e atividade nômade. Obviamente o governo central nega a independência e reage com extrema violência. Com o apoio de milícias da etnia janjaweed, também muçulmana, porém de origem árabe, o objetivo seria dizimar os compatriotas negros de Darfur como parte da estratégia de resolução do problema.
Para contar essa história, o filme fala de uma grupo de jornalistas ocidentais, que vão a Darfur registrar o genocídio. Com escolta das forças de paz da União Africana, visitam uma tribo que já tem marcas profundas de violência, que já sofreu com a morte de parentes, com a perda de garotos convocados pela milicias para serem “soldados”, com estupros e outras formas brutais de violência. Toda a questão gira em torno da chegada repentina dos milicianos janjaweed na tribo e da permanência ou não dos jornalistas por lá. Ficar ali inibiria atos de violência? Do que essa gente seria capaz?
Já disse e repito. Darfur não é um filme com roteiro e atuações dignos de nota. Mas conta uma história que deixou marcas profundas, campos de refugiados lotados, sem assistência, comida ou remédios, milhares de doentes com epidemias, inclusive com AIDS, e um país dilacerado e dominado por extrema violência. É isso que o filme mostra, registrando de forma explícita as barbaridades que acontecem nos dias de hoje. Bem debaixo do nosso nariz.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mandela - Luta pela liberdade




Na África do Sul da Apartheid, nos anos 60, o agente penitenciário James Gregory (Joseph Fiennes) é promovido para uma prisão de segurança máxima em uma ilha próxima à Cidade do Cabo. Por ter crescido perto de uma comunidade negra, ele é um dos poucos brancos que sabe fluentemente o dialeto Xhosa, por isso consegue uma vaga como chefe do setor de censura no prédio onde está preso o perigoso terrorista Nelson Mandela (Dennis Haysbert). Lá, ele cuidará das cartas que chegam e saem da ilha, para se certificar de que a comunicação dos criminosos seja segura.
Acostumado com o fato de que os negros querem matar todos os brancos para tomar a África para si, Gregory e sua família não se incomodam com a hostilidade e violência com que este povo é tratado, assim como pensa toda a população branca. Porém, com a convivência com Mandela, o agente passa a ver que nem tudo é como as autoridades lhe contam. À medida que o líder negro conta para ele suas convicções e os ideais pelos quais seu povo luta, o carcereiro vai notando que talvez ele esteja do lado errado, o lado dos verdadeiros terroristas. Com mulher e dois filhos para criar, sem chance de outra profissão fora da vida militar, James fica em um impasse sobre o que deve fazer com o futuro de sua carreira.
O respeito pela figura de Nelson Mandela se torna maior, assim como suas atitudes em prol do governo atual parecem resultar em tragédias das quais ele se sente culpado. Pressionado para ficar, já que é o único a entender o dialeto dos negros, Gregory precisa tomar decisões que influenciarão no futuro do país e que poderão fazer com que se funde uma nova África do Sul.
Baseado na biografia do carcereiro que acompanhou a prisão de Nelson Mandela por uma grande parte dos 27 anos em que ficou preso, Mandela - A Luta Pela Liberdade é dirigido pelo dinamarquês Bille August, o mesmo de Casa dos Espíritos e Os Miseráveis. Para o papel do líder africano, foi escolhido Dennis Haysbert, conhecido por representar o presidente estadunidense no seriado 24 Horas. O filme participou da seleção oficial do Festival de Berlim de 2007, onde conquistou o Prêmio da Paz. 

Título Original: Goodbye Bafana

Áudio: Português (Dublado)

Tamanho: 900 MB

Qualidade: DVDRip
Torrent

Nelson Mandela

Mandela- Luta pela Liberdade conta a história de Nelson Mandela, negro pacifista, que lutava contra a descriminação racial e contra a ditadura.
Se um dia foi visto como terrorista, hoje, Mandela representa um homem que lutou pelos seus direitos e de uma raça, um homem que não mediu esforços para acabar com o preconceito racial e com a "escravidão".
Antigamente perseguido e torturado, hoje, Mandela coleciona distinções como Ordem de St. John, recebido pela rainha Isabel II, Medalha presidencial da Liberdade de George W. Bush.
Ele é uma das duas únicas pessoas de origem não-indiana a receber o Bharat Ratna - distinção mais alta da Índia - em 1990. (A outra pessoa não-indiana é a Madre Teresa de Calcutá.)
Em 2001 tornou-se cidadão honorário do Canadá e também um dos poucos líderes estrangeiros a receber a Ordem do Canadá.
Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos controversos, atacando a política externa do presidente estadunidense Bush. No mesmo ano, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a SIDA (ou AIDS, no português brasileiro) chamada 46664 - número que lembra a sua matrícula prisional.
Em Junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Sua saúde tem sofrido abalos nos últimos anos e ele deseja aproveitar o tempo que lhe resta com a família. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a SIDA/AIDS. Naquele mesmo mês ele viajou para a Indonésia, a fim de discursar na XV Conferência Internacional sobre a SIDA/AIDS.
Em Novembro de 2006, foi premiado pela Anistia Internacional com o prêmio Embaixador de Consciência 2006 em reconhecimento à liderança na luta pela proteção e promoção dos direitos humanos.
Em junho de 2008 foi realizado um grande show em Londres em homenagem aos seus 90 anos, onde participaram vários cantores mundialmente conhecidos.
Resumiria este filme em uma só palavra: “Emocionante”, mesmo que seja somente 2 horas para resumir uma vida inteira na luta de uma raça, de um destino, de uma obstinação.






TRAILER




                           

César Paes e Raymond Rajaonarivelo - Mahaleo (2005)


Madagascar | César Paes e Raymond Rajaonarivelo | 2005 | Documentário/Musical | IMDB
Malgaxe/Francês | Legenda: Português/Francês/Alemão/Inglês1h 37min | 1,345 Gb

Mahaleo

Em Malgaxe "Mahaleo" significa liberdade, independência e autonomia. Os sete músicos do grupo Mahaleo sempre recusaram o "show-business" apesar dos seus trinta anos de sucesso. Eles se dedicam ao desenvolvimento do país. Esses inventores do Blues Malgaxe são também cirurgiões, médico, agricultor, sociólogos ou deputado... Acredita-se que as canções dos Mahaleo levaram o povo a fazer a revolução de 1972 que levou à queda do regime neo-colonial. Hoje, eles continuam a intervir, sendo a banda mais famosa da ilha do Madagáscar. Guiado pela força e pela emoção das canções do grupo, o filme é um retrato de Madagascar hoje. (de www.mahaleo.com)





Ângelo Torres - Mionga ki Ôbo (2005)

São Tomé e Príncipe |

Ângelo Torres | 2005 | Documentário
Língua: Português 
52 min | 429 Mb



Os "angolares" são os mais antigos habitantes da Ilha de São Tomé, onde, segundo a lenda, chegaram depois de um naufrágio. Outrora senhores da ilha, foram despojados pela força no fim do século XIX estão agora reduzidos a uma pequena comunidade piscatória. Entre os mitos e os mistérios desta ilha de beleza luxuriante, este filme revela-nos a história e os costumes destas gentes para quem a pesca e o mar são um símbolo de afirmação.


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Exposição: O corpo na arte africana (RJ)

A cooperação com os países do continente africano trouxe um efeito positivo inesperado para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além de estabelecer laços nas áreas de educação, pesquisa e saúde, alguns dos pesquisadores brasileiros que participam das missões da Fundação ao continente se apaixonaram pela arte africana e acabaram formando importantes coleções, que serão expostas pela primeira vez ao grande público na mostra O Corpo na Arte Africana.


A exposição, que será inaugurada no dia 17 de setembro, segunda-feira, às 11h30, comemora o sucesso da cooperação Fiocruz-África e marca a aprovação em 2012, pelo Congresso Nacional brasileiro, da abertura do primeiro escritório internacional da Fiocruz, localizado em Maputo, capital de Moçambique



Fonte:FIOCRUZ



O Corpo na Arte AfricanaExposição gratuita

De 17 de setembro de 2012 ao início de 2013
Local: Sala de exposições do Museu da Vida
Visitação: de terça a sexta, das 9h às 16h30, mediante agendamento. No sábado, visitação livre, das 10h às 16h.
Endereço: Av. Brasil, 4365 - Manguinhos - Rio de Janeiro (dentro do campus da Fiocruz e próximo à passarela 6)
Mais informações e agendamento: (21) 2590-6747 e recepcaomv@coc.fiocruz.br.